segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

A ATUAÇÃO DOS ORIXÁS

                                            
                   A ATUAÇÃO DOS ORIXÁS


Uma das maiores dificuldades das pessoas é o entendimento da ascendência dos orixás sobre suas vidas e nós temos insistido nos estágios da evolução que, se formam um continuum na vida dos seres, no entanto não se processam em uma mesma dimensão.

Se hoje somos espíritos, ontem éramos seres naturais e não precisávamos reencarnar para evoluir. E anteontem éramos seres encantados da natureza, regidos por Orixás Encantados que direcionavam e monitoravam mentalmente nossa evolução.

Enfim, um ser não é um produto acabado quando é criado por Deus. E se nos permitem uma comparação, no momento da nossa criação não éramos diferentes de um óvulo fecundado por um sêmen, pois desta união surge uma vida, um indivíduo com uma herança genética que controlará sua formação celular, nervosa, óssea, etc., dotado de um cérebro que lhe facultará um aprendizado contínuo e uma capacidade de raciocinar já a partir de suas necessidades básicas.

Enquanto estamos protegidos no útero materno, somos o ser que está sendo gerado no íntimo de Deus. Quando nascemos, o nosso cordão umbilical é cortado e só sobrevivemos porque temos no leite materno um composto energético que nos fornece todo alimento de que necessitamos para continuarmos vivos e bem alimentados.

O leite materno, comparativamente, é a energia elemental que dá sustentação energética aos seres recém-saídos do estágio original da evolução, que alguns chamam de estado virginal do espírito, onde ainda somos seres virginais porque não entramos em contato com nada do que existe fora do útero divino.

Nós, quando vivenciamos nosso estágio elemental da evolução, éramos totalmente inconscientes, como são todos os recém-nascidos, e não dispensávamos o amor, carinho e amparo materno, que recebíamos de nossas mães elementais.

Elas nos inundavam com suas irradiações de amor e de fé e formaram nossa natureza básica ou elemental.

As mães elementais formam uma hierarquia divina venerada, adorada e respeitadíssima por todos os Orixás Encantados e naturais, que as tem na conta de mães divinas puras em todos os sentidos, pois são puras nos seus elementos e no amor que irradiam.

As mães ígneas irradiam energias elementais puras do fogo e vibram um amor que abrasa quem está em seu campo vibratório e sob suas irradiações.

E o mesmo acontece com as mães aquáticas, eólicas, telúricas, minerais, vegetais e cristalinas.

Aproximar-se de uma dessas mães é voltar à primeira infância num piscar de olhos, mesmo para um espírito tão velho quanto eu, Pai Benedito de Aruanda.

Já o segundo estágio de nossa evolução acontece quando o nosso corpo e natureza elemental já estão formados e aptos a absorverem energias mistas.

Automaticamente somos conduzidos aos jardins de infância dirigidos por nossas mães bielementais, para absorvermos um segundo elemento e desenvolvermos nosso emocional ou pólo negativo.

Neste estágio dual ou bielemental da evolução, encontramos as nossas amadas mães mistas, tão amorosas quanto as primeiras, mas atentas ao nosso crescimento e ao desenvolvimento de nossas faculdades elementares ou básicas, também conhecidas como “instintos básicos”.

Estas nossas amadas mães são conhecidas como: Yemanjás do ar, da terra, dos minerais, dos vegetais (isto mesmo) e dos cristais. Só não são Yemanjás do fogo, pois estes elementos não combinam com água, que é o elemento original delas. Mas nós as encontramos nas Oxuns do fogo e também nos outros elementos, mas não temos as mães Oxuns vegetais no nosso segundo estágio da evolução porque o elemento puro mineral e o vegetal não se combinam. Elas só surgirão em nossas vidas no nosso quarto estágio da evolução ou evolução natural, pois aí o mineral, o vegetal, a água, o ar e o fogo formarão um composto energético já assimilável pelos seres, muito mais desenvolvidos em todos os sentidos.

E assim, em nosso segundo estágio da evolução fomos amparados e instruídos por nossas amadas mães mistas ou bielementais, que também são amadas, veneradas e respeitadíssimas por todos os orixás.

Depois de desenvolvermos nossos instintos básicos e nosso emocional, somos conduzidos ao nosso terceiro estagio da evolução, também conhecido como estágio encantado da evolução dos seres. E quem nos acolheu no aconchego de seus amores maternos foram as nossas amadas e severas mães encantadas.

São severas porque sabem que os seres ainda guiados pelos instintos são semelhantes aos adolescentes do plano material: são emocionais, instintivos, curiosos, inquiridores, um tanto cabeças-duras e impetuosos!

Ou encontram nas mães encantadas as mestras rigorosas, ou com toda certeza acabarão se confundindo e trocando os pés pelas mãos, paralisando suas evoluções.

As nossas mães encantadas não são menos amorosas que as duas categorias anteriores, mas exigem uma obediência total, senão nos dão umas “palmadinhas” para nos recolocar na senda evolutiva.

Elas já são irradiadoras de, no mínimo, três elementos que formam uma quarta energia, que desperta os sentidos e a sensibilidade nos seres encantados. São tantas as mães encantadas que é impossível quantificar seu número. E todas são rigorosas, não importando de qual elemento original elas provenham.

Elas são mães e mestras e tanto nos amam quanto nos instruem. E não nos liberam para o quarto estágio da evolução enquanto não tiverem plena certeza de que estamos aptos a vivenciá-lo. E mesmo depois de nos entregar aos cuidados de nossas mães naturais, continuam a vigiar-nos... e a aplicar corretivos se nos desviamos na nossa conduta pessoal ou do caminho que devemos trilhar.

De vez em quando, tem algum ser natural sendo chamado à razão por alguma delas. E até nós, os espíritos reintegrados às hierarquias naturais, às vezes somos advertidos quanto ao nosso liberalismo humano.

Isto de alguns filhos de Santo dizerem que as mães encantadas são intolerantes com suas falhas individuais e que os punem com severidade, bem... é verdade!

Com elas não  tem a desculpa de que depois se conserta o que estragou ou depois se repara um erro. Ou conserta e repara no ato ou... é posto de castigo e ajoelhado em cima de grãos de milho, certo?

Estas mães encantadas são sensíveis aos seus filhos e fazem de tudo para desenvolver neles os sentidos que os guiarão pelo resto da vida, deixando de guiarem-se pelos instintos básicos.

Muitos encontram certa dificuldade em deixar de se guiar pelos instintos e acabam sendo recolhidos a faixas vibratórias especificas, onde esgotarão seus emocionais negativados, pois só depois disso desenvolverão a percepção e os sentidos se abrirão como canais mentais direcionadores de suas ações. Só quando desenvolverem plenamente seus sentidos e a percepção, que é o recurso básico usado por seus filhos, é que as mães encantadas os encaminham às mães naturais, que os receberão e os sustentarão no quarto estagio da evolução que chamamos de estágio “natural” da evolução.

As mães naturais, ao contrário das mães encantadas, são mais liberais, ainda que mantenham o mesmo rigor e severidade.

Mas elas dão uma certa liberdade de ação aos seus filhos para que eles possam desenvolver a consciência. Esse despertar da consciência implica assumir compromissos e sustentar iniciativas guiadas pelos sentidos e pela consciência.

O mesmo acontece conosco, que viemos do terceiro estágio da evolução, quando também éramos seres encantados guiados pelos sentidos e pela percepção.

Paralelismo vibratório é um recurso maravilhoso de Deus, pois quando um ser não está evoluindo sob a regência de uma mãe natural, então ela o encaminha a outra faixa vibratória, onde outro elemento básico predomina. E nela o ser passará por uma acentuada aceleração ou desaceleração em sua vibração individual, sempre visando o melhor para ele, que tem de se conscientizar e assumir “conscientemente” a condução de sua vida, suas iniciativas e suas preferências pessoais.

A quarta faixa vibratória de todas as dimensões naturais, onde não acontece o ciclo encarnacionista, está, vibratoriamente, no mesmo nível terra da faixa humana onde os espíritos encarnados vivem e evoluem.

Nós somos espíritos porque, quando desenvolvemos nosso corpo percepcional e passamos a nos guiar pelos sentidos, fomos espiritualizados ou revestidos de um plasma cristalino que protege nosso corpo energético para que suportemos as irradiações energéticas que penetram na dimensão humana e a inundam dos mais variados tipos de energias.

Não nos perguntem porque Deus criou a dimensão humana, pois esta resposta só Ele pode dar. Mas nós raciocinamos e muitas hipóteses já foram aventadas. A que parece ser a mais lógica é a que indica que o espírito desenvolve, junto com o despertar da consciência, a criatividade. Se bem que, como aqui na dimensão humana tudo se desenvolve em dois sentidos, também desenvolvemos a ilusão.

E, enquanto a criatividade humana nos proporciona recursos adicionais à nossa evolução, a ilusão nos induz ao emocionalismo, ao retorno aos instintos básicos, à paralisação dos nossos sentidos e do nosso percepcional, à inconsciência e a quedas vibratórias acentuadas que nos afastam do convívio dos espíritos que nos são afins.

Os nossos irmãos naturais desenvolvem a consciência e apuram ainda mais seus percepcionais, enquanto nós aperfeiçoamos nossa consciência e apuramos nosso raciocínio, pois a criatividade precisa de uma apuradíssima capacidade de raciocinar a partir de conceitos abstratos para que cheguemos às definições corretas que possibilitam a criação “concreta” de novos recursos que facilitarão nossa evolução.

Esta hipótese se mostra a mais lógica porque nós conhecemos as dimensões naturais e nelas não existe a criatividade humana, que transforma o meio onde vivemos, altera os nossos costumes, nossas culturas, nossos ideais... e até criamos religiões. Nas dimensões naturais não existem os nossos tão abstratos conceitos religiosos e nossas mirabolantes concepções sobre Deus.

O sentido da Fé vai conduzindo todos ao mesmo tempo, pois as vibrações dos orixás irradiadores de religiosidade são absorvidas por todos ao mesmo tempo. E quando um ser natural desenvolve o sentido da Fé até seu limite, assim como adquire a plena consciência, então se torna um irradiador natural da fé, semelhante ao seu orixá regente, que o amparou o tempo todo com suas intensas vibrações despertadoras dos sentimentos de amor, respeito e reverência para com o Divino Criador, e para com todas as criaturas, os seres e toda a criação divina.

Este processo evolutivo é contínuo e o chamamos de evolução natural. Porque o ser não tem sua memória adormecida em momento algum, desde que saiu do útero divino que o gerou. Ele não teve de reencarnar seguidas vezes e não se esqueceu de nenhuma de suas vivenciaçoes, ocorridas nos três estágios anteriores da sua evolução.

E, se são semelhantes a nós já que o único diferenciador é o plasma cristalino que envolve nosso corpo energético, no entanto algo os distingue de nós, pois aos nossos olhos humanos eles são todos “iguais”.

Eles não reencarnam e não são diferenciados pelo corpo carnal, como acontece conosco, os seres espiritualizados.

Sim, porque se nascermos chineses, nossos espíritos mostrarão os traços característicos desta raça. E se nascermos negros ou louros, o mesmo acontecerá, ainda que essa membrana plasmática cristalina possa ser alterada mentalmente por nós, que assumiremos a aparência que desejarmos se dominarmos esse processo de alteração de nosso corpo plasmático.

Os seres naturais não alteram suas aparências porque lhes falta este revestimento plasmático, e nem lhes ocorre assumirem outras aparências, pois consideram isto um recurso típico dos seres espiritualizados, que recorrem às aparências porque procuram iludir-se, já que estão aparentando alguém que não foram ou são, ou já foram e não são mais.

E as aparências plasmadas não resistem à penetrante visão deles, que nos vêem através de nossos corpos energéticos, nunca através do nosso corpo plasmático. A eles falta a criatividade e a ilusão, que são faculdades tipicamente humanas, já que só se desenvolvem no estagio humano da evolução.

No aspecto religioso, eles nominam Deus de Divino Criador e Senhor da Luz da Vida, e quando O invocam, fazem-no através de cantos mantrânicos, nunca num diálogo coloquial como nós fazemos.

Nós chamamos aos orixás por seus nomes humanos, tais como Ogum, Oxossi, Xangô, Yemanjá, etc. Mas eles só se dirigem a eles através de seus nomes mantrânicos ou divinos, que é a mesma coisa.

Estes nomes são formados por sílabas e cada uma possui seu tom e sua fonética particular, formando um canto ou mantra.

Eles não procedem como nós, que a todo instante exclamamos: “Valei-me Deus!”, “Ajude-me, meu Pai Ogum!”, etc.

Muito antes de o código hebreu proibir o chamamento em vão do nome de Deus, os nossos irmãos naturais já tinham isto como regra de conduta. E a aplicam aos sagrados orixás, aos quais podem ver o tempo todo, estejam próximos ou distantes deles, bastando-lhes fixar suas visões no orixá que desejam focalizar visualmente.

Logo, não existe uma separação visual entre os nossos irmãos naturais e os seus regentes divinos, mesmo que estejam em outra dimensão.

Já o mesmo não ocorre conosco, os espíritos, pois a encarnação bloqueia nossa visão superior e o adormecimento de nossa memória nos impede de nos lembrarmos das divindades naturais e de como focalizá-las visualmente e mentalizá-las vibratoriamente.

Por isto a realidade religiosa dos seres naturais é superior à nossa e dispensa as nossas concepções abstratas acerca de Deus, das divindades e de como atuam em nossas vidas.

Conosco, a religiosidade tem de ser estimulada verbalmente, senão nosso sentido da fé vai se atrofiando. Já com eles, que absorvem as irradiações contínuas dos orixás irradiadores da fé e da religiosidade, isto não acontece em momento algum.

Mas têm um problema comum conosco: às vezes caem vibratoriamente quando se entregam à vivenciação de seus desejos, de seus instintos e de seus desequilíbrios emocionais. E não são pequenas essas quedas vibratórias. Quando caem vibratoriamente, afastam-se naturalmente do regente do nível onde se encontram e vão “descendo” a outros níveis, numa queda contínua que só termina quando chegam ao pólo magnético negativo da irradiação que os está sustentando.

Se um natural de Ogum começa a cair vibratoriamente por causa de uma das razões que citamos acima, dificilmente deixa de cair até o pólo magnético negativo da linha de forças irradiantes do mistério da Lei Divina.

E se, quando vivia sob a irradiação do pólo magnético positivo era irradiante e irradiador de vibrações ordenadoras e sustentadoras da ordem, no pólo magnético negativo torna-se absorvedor de energias negativas e assume uma única cor, comum a todos os que estão sob a irradiação de um pólo magnético negativo.

Quando isto acontece, nós chamamos estes seres de seres negativados, pois são intolerantes, irascíveis, violentos, perigosos, ensimesmados e refratários a qualquer contato.

Eles se isolam em si mesmos e se autopunem por terem falhado em alguns dos setes sentidos básicos. Sentem-se indignos dos regentes irradiantes e fogem deles assim que percebem suas aproximações. Muitos adentram nos níveis vibratórios afins da dimensão humana, no intuito de ocultarem-se da visão e da luz dos orixás.

Mas, por serem portadores de uma inocência natural, são presas fáceis dos “poderosos” espíritos caídos nas trevas humanas, que possuem seus sombrios domínios abarrotados de espíritos caídos, também por vivenciarem seus desejos, por desequilíbrios emocionais e por seus instintos básicos.

Estes poderosos espíritos caídos, os temidos “grandes das Trevas”, recorrem aos seus poderes mentais e suas faculdades ilusionistas e praticamente escravizam estes seres naturais, hipnotizando-os e livrando-os de suas culpas conscienciais, adormecendo no intimo deles os sentimentos de vergonha e o desejo de se autoflagelarem.

Os grandes das Trevas acercam-se desses naturais caídos porque estes são leais, fieis, obedientes e submissos ao extremo. Além de serem irradiadores de energias negativas muito perigosas para os espíritos humanos, que somos nós.

Os grandes magos negros das trevas humanas os usam assiduamente para perseguirem seus desafetos encarnados ou retidos nos sombrios níveis vibratórios das faixas negativas da dimensão espiritual humana.

Na inocência natural deles está sua fraqueza, pois são iludidos com facilidade e lhes falta o recurso da criatividade humana para pensarem numa saída racional para o problema que criaram para si mesmos.

Os magos das trevas os induzem a crerem que os orixás luminosos não gostam mais deles e que os querem longe de seus domínios naturais, despertando neles uma ojeriza à luz e a todos que vivam nas faixas vibratórias luminosas.

O fato é que, quando alguém, seja um ser natural ou um espírito humano, é portador natural de um mistério, os seres elementares, os encantados e os naturais vêem o grau e o mistério no seu portador e o tratam com respeito e reverência e aproxima-se dele para absorverem as suas irradiações naturais, que contêm as vibrações divinas do mistério que se manifesta através dele e flui junto com suas irradiações.

Se assim procedem é porque, passando a absorver as irradiações do mistério, chegará um tempo em que também eles se tornarão irradiadores do mistério que os irradiou e sustentou.

Se existem mistérios humanos?

- Sim, existem os mistérios humanos, irmãos amados!

Nossa criatividade é um deles e tem nos ajudado a superar obstáculos gigantescos em nossa evolução segmentada, pois ora estamos vivendo no plano material, ora no plano espiritual.

Um outro mistério humano é a faculdade de desenvolvermos mais de um mistério natural em nós mesmos. Sim, os seres naturais e os encantados só irradiam a partir de si mesmos um mistério, seja ele de natureza positiva ou negativa.

Mas nós, espíritos humanos, podemos irradiar quantos desejarmos e formos capazes de desenvolver em nosso íntimo, até um ponto em que passamos a irradiá-los naturalmente, desde que nos coloquemos em sintonia vibratória com as divindades irradiadoras deles.

Querem um exemplo simples acerca do que estamos comentando? Ei-lo:

Um médium de Umbanda “lida” com vários orixás ao mesmo
tempo durante seus trabalhos magísticos. Num instante ele ativa o mistério de um para, no instante seguinte, ativar o de outro, já afim com sua nova necessidade. Durante o decorrer de uma engira, vários orixás são invocados e os médiuns vão assimilando suas irradiações, tornando-se irradiadores das energias deles.

E se invocam Exu, no mesmo instante Exu se manifesta e os médiuns passam a irradiar suas energias. Essa capacidade humana de lidar com mistérios distintos e ao mesmo tempo só nós, os seres espiritualizados, possuímos, já que os seres encantados ou naturais de Ogum, por exemplo, só irradiam qualidades de Ogum, e o tempo todo.

Um encantado ou natural de Oxóssi só irradia qualidades de Oxóssi, o tempo todo. Uma encantada ou natural de Yemanjá só irradia qualidades de Yemanjá, o tempo todo. Uma encantada ou natural de Oxum só irradia qualidades de Oxum, o tempo todo.

Por qualidades entendam mistérios e energias!

Já nós, os espíritos humanos, bem, ora estamos irradiando Ogum, ou Oxóssi ou Xangô, ora estamos irradiando Yemanjá, Oxum, Iansã, etc.

Por que esta diferente capacitação? O que é que nos faculta irradiarmos ora um e ora outro orixá? O que é que nos diferencia de nossos irmãos encantados ou naturais, que só conseguem irradiar um orixá apenas?

Bom, esta diferenciação acontece porque um encantado ou natural de Ogum é o que é: Um Ogum individualizado em si mesmo mas regido o tempo todo pelo mistério Ogum, do qual não consegue se afastar, desligar ou deixar de irradiar o tempo todo.

Um ser natural Ogum é um Ogum em si mesmo e irradia Ogum o tempo todo, nunca se dissociando de seu regente divino. E o mesmo acontece com todos os seres elementais, encantados e naturais regidos pelos outros orixás.

Já o mesmo não acontece com um espírito ou ser humano, pois o simples fato de viver e evoluir na dimensão humana já lhe faculta a possibilidade única de desenvolver a bipolaridade magnética, vibratória e irradiadora ou absorvedora de mistérios.

Um espírito humano tem uma direita e uma esquerda, um alto e um embaixo, aos quais manipula segundo suas afinidades ou necessidades.

Um espírito pode ter no alto o orixá Oxalá, no embaixo o orixá Omulú, na direita a orixá Yemanjá e na esquerda a orixá Iansã, e pode absorver as irradiações dos quatro, que não deixará de ser o que é: um espírito humano!

Já um nosso irmão encantado ou natural, bom, ele só absorve as irradiações de um desses quatro orixás ou entra em desequilíbrio magnético, vibratório e energético e fica confuso e desequilibrado emocionalmente. E cai! Istoé um dos muitos mistérios humanos, filhos de Fé nos orixás!

O estágio humano da evolução não é superior a nenhum outro. Mas que possui seus mistérios, isto ele possui! E quando um espírito humano desenvolve-se consciencialmente e adquire controle sobre seu emocional, logo é atraído pelas hierarquias naturais regidas pelos orixás que o assentam à direita ou à esquerda e o tornam irradiador de suas energias e mistérios.

Eu mesmo, Benedito de Aruanda, acho que já me assentei à direita ou à esquerda de todos os senhores(as) Orixás Intermediários naturais e junto de muitos dos senhores(as) Orixás Intermediários encantados, assim como já fui assentado à direita de alguns(as) Orixás Elementais.

A todos sirvo com fé, amor e profundo respeito, pois entendi que eles formam a imutável e inquebrável hierarquia divina do Divino Olorum, que é o nosso Divino Criador.

Este servir é irradiar individualmente, e segundo minha limitada capacidade, alguns dos mistérios que eles irradiam a todos, o tempo todo e de forma multidimensional, pois cada um possui uma irradiação vertical e outra horizontal, formando a quadratura do círculo onde estão assentados, pois são “Tronos Divinos”.

Eu, se vos falo dos senhores orixás com tanta naturalidade e conhecimento, é porque dentro dos meus limites humanos e deles recebi a orientação de ensina-los aos seus filhos que foram espiritualizados, mas continuam a ser o que nunca deixarão de ser: filhos de orixás.

Sim, todos são filhos de orixás, mas só os que desenvolvem os mistérios humanos (os seres espiritualizados) conseguem faze-lo sem grandes dificuldades. Se bem que “alguns” acabam estacionando por muito tempo nas zonas sombrias da dimensão espiritual humana.

Mas isto também acontece nas dimensões naturais regidas pelos orixás, ainda que não chamem o lado escuro delas de inferno ou umbral, pois lá o nome destas zonas sóbrias é este: pólos negativos!

Sim, os orixás regentes dos pólos negativos sustentam os seres encantados ou naturais que, por alguma razão, falharam em suas evoluções e tiveram de ser afastados do convívio com os que evoluíam equilibradamente. Eles estacionam nos níveis vibratórios negativos até que possam retomar, já equilibrados, suas evoluções naturais, pois eles não reencarnam e não tem suas memórias adormecidas, como acontece conosco sempre que reencarnamos para superar obstáculos que nos desequilibraram intensamente. Eles não saem da irradiação do seu regente natural. Assim, um encantado de Ogum, se vier a se desequilibrar durante seu estágio encantado da evolução, não sairá da dimensão regida pelo Orixá Ogum. Apenas será atraído pelo pólo magnético negativo que nela existe e, amparado por um orixá Ogum cósmico, mas de nível intermediário, nele estacionará até que tenha superado o desequilíbrio que o negativou magneticamente. É um processo seguro, mas lento, de reequilibrá-lo emocionalmente.

Já o mesmo não acontece nas zonas sombrias da dimensão humana. Nelas sempre tem um “espertinho” para recepcionar os espíritos negativados que sempre está pronto e disposto a aproveitar-se deles que, se já estão desequilibrados, muito pior ficarão após suas quedas vertiginosas.

As zonas sombrias humanas são como as prisões do plano material: alguém atropela alguém com seu veículo. Se for condenado à prisão, vai conviver com assaltantes, estupradores, assassinos frios e calculistas. Quando sair da prisão, terá feito um estagio completo no mundo da criminalidade, e com certeza recorrerá aos seus novos “conhecimentos” assim que se ver em dificuldades.

Já o mesmo não acontece nas dimensões naturais. Nelas não se misturam, de forma alguma, seres com desequilíbrios diferentes. Quem se desequilibrou num sentido não entra em contato com quem se desequilibrou em outro.

Se um encantado viciou-se nas coisas do sexo, ele irá a um pólo magnético que só atrai encantados desequilibrados por vícios sexuais. Se um encantado tornou-se violento e gosta de agredir outros encantados, imediatamente é atraído para um pólo magnético que só atrai encantados violentos e agressivos... que o agredirão.

A frase: “Os semelhantes se atraem!” se aplica com toda propriedade às dimensões naturais e parcialmente à dimensão humana, já que aqui outros fatores ponderáveis influenciam as atrações.

Aqui, um assassino frio sente-se atraído sexualmente por uma mulher virtuosa, principalmente se ela for bonita, e não se incomoda de matar por ela, ou até de matá-la, se não for correspondido ou se ela não se submeter aos seus desejos imundos. Já nas dimensões naturais, se algum encantado desequilibrou-se e tornou-se violento, ele não sentirá atração sexual por ninguém, mesmo pela mais bela e atraente das encantadas.

O desequilíbrio não se generaliza ou alcança outros sentidos e, muito ao contrário, até os anula, pois o ser passa a viver intensamente o seu desequilíbrio e fecha-se em si mesmo, não suportando o contato com outros encantados.

É quase que um “autismo”, onde cada um vive seu mundo pessoal e só sai dele em casos extremos.. ou após esgotar seu negativismo energético e as causas do desequilíbrio emocional que o tornou magneticamente atrativo pelos pólos negativos da dimensão onde vive e evolui.


(texto extraído do livro: “O Código de Umbanda” – obra inspirada pelos mestres de luz Sr. Ogum Beira Mar, Pai Benedito de Aruanda, Li-Mahi-An-Seri yê, Seiman Hamiser yê e Mestre Anaanda e psicografada por Rubens Saraceni).

terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Por Que Usamos O Branco?

Por Que Usamos O Branco?


Dentre os princípios da Umbanda, um dos elementos de grande significância e fundamento, é o uso da vestimenta branca. Em 16 de novembro de 1908, data da anunciação da Umbanda no plano físico e também ocasião em que foi fundado o primeiro templo de Umbanda, Tenda Espírita Nossa Senhora da Piedade, o espírito Caboclo das Sete Encruzilhadas, entidade anunciadora da nova religião, ao fixar as bases e diretrizes do segmento religioso, expôs, dentre outras coisas, que todos os sacerdotes (médiuns) utilizariam roupas brancas. Mas, por quê?.
 Teria sido uma orientação aleatória, ou o reflexo de um profundo conhecimento mítico, místico, científico e religioso da cor branca? No decorrer de toda a história da Humanidade, a cor branca aparece como um dos maiores símbolos de unidade e fraternidade já utilizados. Nas antigas ordens religiosas do continente asiático, encontramos a citada cor como representação de elevada sabedoria e alto grau de espiritualidade superior. As ordens iniciáticas utilizavam insígnias de cor branca; os brâmanes tinham como símbolo o Branco, que se exteriorizava em seus vestuário e estandartes. Os antigos druidas tinham na cor branca um de seus principais elos do material para o espiritual, do tangível para o intangível. Os Magos Brancos da antiga Índia eram assim chamados porque utilizavam a magia para fins positivos, e também porque suas vestes sacerdotais eram constituídas de túnicas e capuzes brancos. O próprio Cristo Jesus, ao tempo de sua missão terrena, utilizava túnicas de tecido branco nas peregrinações e pregações que fazia.
Nas guerras, quando os adversários, oprimidos pelo cansaço e perdas humanas, se despojavam de comportamentos irracionais e manifestavam sincera intenção de encerrarem a contenda, o que faziam? Desfraldavam bandeiras brancas! O que falar então do vestuário dos profissionais das diversas áreas de saúde. Médicos, enfermeiros, dentistas etc., todos se utilizando de roupas brancas para suas atividades. Por quê?
Porque a roupa branca transmite a sensação de assepsia, calma, paz espiritual, serenidade e outros valores de elevada estirpe. Se não bastasse tudo o que foi dito até agora, vamos encontrar a razão científica do uso da cor branca na Umbanda através das pesquisas de Isaac Newton.
Este grande cientista do século XVII provou que a cor branca contém dentro de si todas as demais cores existentes.
Portanto, a cor branca tem sua razão de ser na Umbanda, pois temos que lembrar que a religião que abraçamos é capitaneada por Orixás, sendo que Oxalá, que tem a cor branca como representação, supervisiona os Orixás restantes. Assim como a cor branca contém dentro de si todas as demais cores, a Irradiação de Oxalá contém dentro de sua estrutura cósmico-astral todas as demais irradiações (Oxossi, Ogum, Xangô, etc.).
A implantação desta cor em nossa religião, não foi fruto de opção aleatória, mas sim pautada em seguro e inequívoco conhecimento de quem teve a missão de anunciar a Umbanda. Salve o Caboclo das Sete Encruzilhadas!!!!!


Vestuário Uniforme, Uma Necessidade

Uma das bases trazidas pelo Caboclo das Sete Encruzilhadas, por ocasião da anunciação da Umbanda no plano físico, evento histórico ocorrido em 15/16 de novembro de 1908, em Neves, Niterói - RJ, é a que diz respeito a igualdade.
Sabemos que na atual sociedade, com valores deturpados ou invertidos, é comum as pessoas avaliarem umas as outras, não pelo grau de espiritualidade, moral, caráter e boas ações, mas sim pelo que se apresenta a nível de posses.
Dentro deste contexto, é corriqueiro, embora extremamente falho, valorizar ou conceituar os habitantes deste planeta tendo como base a apresentação pessoal externa do indivíduo, ao invés de se atentar para qualificativos internos. Prioriza-se bens materiais em detrimento das virtudes.
E é justamente por isto que a Umbanda adotou o vestuário uniforme, para que alguns assistentes ainda enraizados em equivocados conceitos não tenham como dar vazão a seus distorcidos juízos de valor.
Assim, quem adentra por um terreiro na esperança de cura ou melhora de seus problemas, jamais terá a possibilidade de identificar no corpo mediúnico, todos com trajes iguais, eventuais ou supostas diferenças intelectuais, culturais e sociais. Não terá a oportunidade de saber se por trás daquela roupa sacerdotal encontra-se um rico empresário, um camelô, ou uma empregada doméstica.
Porque há quem vincule a eficácia de um socorro espiritual tomando por parâmetro o próprio médium através do qual a entidade se manifesta. Se o medianeiro atuasse nas sessões de caridade com trajes civis (comuns), algumas pessoas, que pensam da forma citada, passariam a tentar analisar o grau de intelectualidade, de situação financeira, social etc., pela qualidade do vestuário apresentado pelos médiuns. Então, sacerdotes calçando sapatos de fino couro, camisas e calças de marcas famosas, seriam facilmente identificados e preferencialmente procurados. Outros tantos, humildes na sua apresentação, seriam colocados em segundo plano.
Na Umbanda, Sopro Divino que a todos oxigena, o personalismo ou destaque individual é algo que jamais deverá existir. Somos meros veículos de manifestação da espiritualidade superior, e por isto, devemos sempre nos mostrar coletivamente, sem identificações pessoais ou rótulos. Somos elos iguais de mesma força e importância neste campo de amor e caridade denominado Umbanda.
Os chegam aos Centros para darem passes, sem tomarem banho ou trocarem de roupa, estão ainda impregnados de cargas fluídico-magnéticas negativas, que, por conseguinte interferem no campo áurico e perispiritual dos médiuns, simplesmente acabam pela imposição ou dinamização das mãos passando ao assistente toda ou parte daquela energia inferior que carregam.
Na Umbanda, o uniforme do médium, ou está no vestiário do terreiro, e portanto dentro do cinturão de defesa do mesmo, ou está em casa sendo lavado ou passado, longe do contato direto com as forças deletérias.

 


As Vestes


As vestes na Umbanda são geralmente brancas, sempre muito limpas, já que este é um dos motivos pelo qual se troca de roupa para os trabalhos. Nunca se deve trabalhar com as roupas do corpo, ou já vir vestido de casa com as roupas brancas. O suor causa uma sensação de desconforto, o que traz uma má concentração e intranqüilidade do médium (sem contar, é claro, com a desagradável situação de uma pessoa que vai tomar passes ou consultar-se, e ficar sentindo o cheiro do suor do médium, que está sempre próximo nos trabalhos).
O branco é de caráter refletor, já que é a somatória de todas as cores e funciona, aliado a outras coisas, como uma espécie de escudo contra certos choques menores de energias negativas que são dirigidas ao médium. Serve, também, para identificar os médiuns dentro de uma casa de trabalhos muito grande. Alem disso, é uma cor relaxante, que induz o psiquismo à calma e à tranqüilidade.

 A Roupa Branca (Roupa de Santo)  é a vestimenta para a qual devemos dispensar muito carinho e cuidado, idênticos ao que temos para com nossos Orixás e Guias. As roupas devem ser conservadas limpas, bem cuidadas, assim como as guias (fios de contas), não se admitindo que um médium, após seus trabalhos, deixe suas roupas e guias no Terreiro, esquecidas. Quando a roupa fica velha, estragada, jamais o médium deverá dar ou jogar fora. Ela deverá ser despachada, pois trata-se de um instrumento de trabalho do médium.
Na nossa casa, nas sessões de Umbanda os homens utilizam calça e jaleco, e as mulheres utilizam o balandrau. Nas demais sessões, as mulheres podem usar também jaleco e calça.

O Pano de Cabeça (Torço)

 É feito a partir de um pano chamado ojá (a palavra significa “faixa de pano”), de tamanho variável. Existem vários formatos de torço, que podem ter significados diferentes. Por exemplo: o torço com duas pontas (orelhas) significa orixá feminino enquanto o torço com uma ponta só simboliza orixá masculino.
Serve tanto para proteger a coroa do médium conta as energias mais pesadas, como também representa um sinal de respeito dentro de um determinado ritual.

A Toalha Branca (Pano da Costa)
 Trata-se de um pano branco em formato de toalha (retangular), podendo ser contornado ou não com renda, fino ou grosso, de tamanho aproximado de 0,50 x 0,80 m. Entre outras coisas, é utilizado para cobrir a cabeça dos médiuns quando estes incorporam Obaluaiê.

Outras Roupas – Em alguns casos, os guias podem solicitar alguma peça de roupa para que usem durante os trabalhos. Podem ser:
Pretos Velhos: toalhas, batas, saia, calça, etc.
Exus: Roupas, lenços, chapéus, jóias, capas, etc.
Caboclos: Cocares, faixas, penas, tiras de couro, etc.
Crianças: Bonés, roupas, laços, toalhas, etc.
Estas peças de roupa serão autorizadas pela dirigente ou pelos guia chefe da casa.


Os Pés Descalços


O solo, chão representa a morada dos ancestrais e quando estamos descalços tocando com os pés no chão estamos tento um contato com estes antepassados.
Nós costumamos tirar os calçados em respeito ao solo do terreiro, pois seria como se estivéssemos trazendo sujeira da rua para dentro de nossas casas.
É também uma forma de representar a humildade e simplicidade do Rito Umbandista.
Além disso, nós atuamos como a pára-raios naturais, e ao recebermos qualquer energia mais forte, automaticamente ela se dissipa no solo. É uma forma de garantir a segurança do médium para que não acumule e leve determinadas energias consigo.
Em alguns terreiros é permitido usar calçados (mas calçados que são usados APENAS dentro do terreiro).

Cabe ressaltar, que a origem desse costume, nos cultos de origem afro-brasileira, é outra; os "pés descalços" eram um símbolo da condição de escravo, de coisa; lembremos que o escravo não era considerado um cidadão, ele estava na mesma categoria do gado bovino, por exemplo.
Quando liberto a primeira medida do negro (quando fosse possível) era comprar sapatos, símbolo de sua liberdade, e de certa forma, inclusão na sociedade formal. O significado da "conquista" dos sapatos era tão profundo que, muitas vezes, eles eram colocados em lugar de destaque na casa (para que todos vissem).
Ao chegar ao terreiro, contudo, transformado magicamente em solo africano, os sapatos, símbolo para o negro de valores da sociedade branca, eram deixados do lado de fora.
Eles estavam (magicamente) em África e não mais no Brasil.
No solo africano (dos terreiros) eles retornavam (magicamente) à sua condição de guerreiros, sacerdotes, príncipes, caçadores, etc.


Brincos, Pulseiras Etc.

Certamente tal tema deixará de "cabelos em pé" parte da coletividade feminina que atua como médium nos vários Templos de Umbanda.
É cientificamente comprovado que dentre as matérias tangíveis encontradas em nosso planeta, os metais (ouro, prata, bronze etc.) constituem-se em substâncias de grande poder magnético atrativo (capacidade de atrair, conduzir e/ou condensar em seu corpo energias dos mais diferentes níveis e tipos).
O importante é que, com esta informação em mente, é bem fácil deduzir-se o que pode ocorrer a um médium que se apresenta como um autêntico cabide de bijuterias ambulante.
É fato que nos trabalhos mediúnico-espirituais, estando incorporados ou não, quase sempre enfrentamos forças de baixo teor vibratório (kiumbas, Formas-Pensamento negativas etc.) que acompanham e turbam a vida de muitas pessoas. Estas, ao serem conduzidas ou procurarem o auxílio de um Templo Umbandista, para verem dissipadas as causas e os efeitos de tais assédios, apresentam seu campo áurico (Aura - Campo Energético) e perispiritual (Corpo Astral) completa ou parcialmente contaminados pelos fluidos hostis das forças supracitadas.
Não obstante os obsessores serem doutrinados e/ou detidos e encaminhados a prisões astrais, e as formas-pensamento serem desintegradas, durante todo o trabalho de assepsia espiritual, resíduos magnéticos destas individualidades tendem a agregar-se aos metais mais próximos, inundando-os com fluidos nocivos, neste caso, os metais que o intermediário utiliza.
Muitos podem estar se perguntando qual o papel das entidades espirituais nesta situação. Bem, elas fazem a parte que lhes compete, cruzando e defumando as guias dos médiuns, solicitando somente o uso de vestimenta branca (cor branca - função refletora/repulsora de eletromagnetismo nocivo), banhos de mar e cachoeira, banhos com ervas, defumações especiais no templo, e uma série de outras providências salutares ao seu "aparelho".
No entanto, será que há preocupação em se fazer a assepsia de brincos, pulseiras, cordões e outras bijuterias, como colocá-las em um recipiente de barro com água e sal grosso? é claro que não!!!. O que acontece então? paulatinamente tais adereços vão sendo encharcados por cargas densamente negativas, que acabam por jorrar no próprio médium.
Na Umbanda possuímos recursos não só repressivos, mas também preventivos para lidarmos com certas circunstâncias. Não custa nada ao médium, principalmente do sexo feminino, antes de começar o labor caritativo, tirar e guardar os metais que ora utiliza, evitando com isto eventuais efeitos danosos a sua constituição espírito-física.

Os únicos adereços que podem ser usados nas sessões, são os indicados pelas entidades e alianças (casamento, noivado ou compromisso).

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

ELEMENTAIS

ELEMENTAIS


OS ESPÍRITOS DA NATUREZA
Os Elementais são Entidades Espirituais, relacionadas com os elementos da natureza, onde realizam desempenhos muito importantes, essenciais mesmo, à totalidade da vida natural, pois que, através das ditas Entidades, nos são oferecidos: ervas, flores, frutos, oxigênio, água e tudo o mais que o ser encarnado denomina de Forças da Natureza.
São Entidades gerando, ordenando e dirigindo na natureza, suas manifestações peculiares e trabalhando dentro de uma linha evolutiva, diferente da dos seres encarnados. Podem ser percebidos pelo homem em certos estados de consciência, porém, pelos chamados irracionais, são notados e vistos com a maior naturalidade e a amiúde.
Pertencem ao grupamento de espíritos que não tiveram, nem terão, vida material, situando-se numa escala evolutiva Angelical. À eles, cabe realizar a evolução da vida e da forma em nosso planeta. Acima dos Elementais, DEVAS MAIORES, estão os chamados Anjos e Arcanjos, e a escala se prolonga, até que cheguemos aos espíritos comandantes da natureza, OS ORIXÁS.
Os Elementais são constituídos de LUZ - ou um tênue material auto luminoso e sua forma é na apresentação, semelhante à humana. As variações de consciência evolutiva e deveres cumpridos, produzem mudanças na coloração da luminosidade e até interfere na própria forma.
Nas épocas da germinação, crescimento e desenvolvimento, a vitalidade e atividade destas entidades aumentam o seu contato direto com o mundo físico, e é quando se tornam mais visíveis, dançando, brincando e até de certa forma, imitando os seres encarnados.
Eles se agrupam sob o comando dos ORIXÁS da seguinte forma:

Plano 7
OXALÁ
SILFOS
Plano 6
SENHORAS
ONDINAS ou NINFAS
Plano 5
IBEJI
FADAS
Plano 4
XANGÔ
SALAMANDRAS
Plano 3
OGUM
ELFOS
Plano 2
OXÓSSI
GNOMOS ou DUENDES
Plano 1
ALMAS
AVISSAIS

SILFOS - ELEMENTAIS DO AR: São entidades de pequena estatura, de poderes mágicos, que os diferem dos outros espíritos da natureza, por serem de uma constituição sem forma definida, uma massa semi sólida de substância etérea. Exemplo: Fumaça, efeitos de luz através dos pirilampos, Aurora Boreal, arco-íris, etc...
Altura + / - 10 cm

ONDINAS ou NINFAS - ELEMENTAIS DA ÁGUA: São entidade do amor, que vivem nas águas do mar, lagos, lagoas, rios e cachoeiras, semelhantes as graciosas mocinhas de cabelos longos. Comandam toda a fauna aquática e podem encaixar (incorporar) na forma de sereias, dragões, serpentes marinhas, gaivotas, etc...
Altura + / - 30 cm

FADAS - ELEMENTAIS ECLÉTICOS: São entidades voláteis, que atuam em todos os reinos da natureza, segundo à necessidade ou ordens recebidas. Apresentam-se muito belas e esvoaçantes em fascinantes evoluções, interferindo na coloração e matiz de tudo que existe no planeta.
Altura + / - 30 cm

SALAMANDRAS - ELEMENTAIS DO FOGO: São entidades diretas do fogo, que não possuem forma definida. Têm-se, quando as vemos, a impressão de uma forma fundamentalmente humana, o rosto, quando não é velado pelas chamas, é de aparência humana, mas a maior parte das vezes, apresentam-se na forma de lagartixas, camaleões ou escorpiões.
Altura + / - 70 a 90 cm

ELFOS - ELEMENTAIS DOS METAIS: São entidades em muito semelhante aos SILFOS, sem forma corpórea definida, pois aparecem, da combinação do Ar e do Fogo sobre os metais. Por serem elementais belicosos, atuam amiúde através de cães, gatos e galos de briga.
Altura + / - 20 cm

GNOMOS ou DUENDES - ELEMENTAIS DAS FLORESTAS: São entidades que habitam as florestas e lugares desertos. Têm a forma semelhante à de um anão e atuam sobre tudo e sobre todos os que habitam ou transitam nas matas e florestas, dando sinais através de: Bicho de Pau, cobras e aves como a Graúna, Melro e semelhantes.
Altura + / - de 15 a 20 cm

AVISSAIS - ELEMENTAIS DA TERRA: São entidades que entrelaçam os elementos da terra e da água, apresentam-se em massa disforme, porém bem densa e atuam principalmente sobre:
a) Na água: Cavalos Marinhos, peixes-espada, Camarões e crustáceos em geral, pois são seres que se alimentam do lodo aquático.
b) Na terra: Minhocas, lesmas, caramujos e semelhantes, pois são seres que se alimentam da umidade do lodo da terra.


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